Quando a gente fala “AAA” no contexto de jogos, parece que automaticamente acende um meme nacional:
“Brasil não é capaz de criar um jogo AAA…”
Essa frase aparece em discussão de fórum, em comentário de vídeo, em papo de evento. E ela vem sempre com um subtexto meio amargo:
se o Brasil nunca fez um AAA, então a nossa indústria é “menor”, “menos séria”, “menos relevante”.
Eu não concordo.
Mas a pergunta “por que o Brasil nunca produziu um jogo AAA?” é boa justamente porque obriga a gente a olhar para a estrutura, e não só para a vitrine.
Quero tentar organizar isso em três partes:
O que é, de verdade, um jogo AAA.
Por que o Brasil, historicamente, não chegou aí.
E a pergunta mais importante: a gente deveria mirar nisso mesmo?
